Postado por: IKKI AMAMIYA DE FENIX 18 de julho de 2012
Elos de Irmãos
Crônicas de Ikki & Shun
"Embora possam ter pensado que Ikki havia morrido lutando contra Dócrates, ele era, 
afinal de contas, um pássaro imortal. Na lápide de sua falecida mãe, Shun recebe uma
visita secreta de seu irmão. Contudo, voltando à Mansão Kido, uma sombra sinistra se aproxima de Shun. Laços desconhecidos - que unem fatalmente 
irmãos e irmãs - de Shun e Ikki, por Takau Koyama,
roteirista chefe do anime Saint Seiya"
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O sino da capela do orfanato Filho das Estrelas tocou suavemente. Este sino soa pela
 manhã ao meio dia e às seis horas da tarde regularmente, Seiya o chamava de 
"o sino da esperança". Seiya gostava de seu toque, pois aliviava os corações feridos 
das crianças que haviam perdido seus pais. Não sabe bem definir quantas vezes já
 escutara este som até aquele dia, perto de seus seis anos, em que foi separado de sua 
irmã Seika pelo poder do grande comandante Mitsumasa Kido, da Fundação Graad.
 Desde então sempre esteve de pé sem saber porque, irracionalmente..
- "Me pareceu ter escutado minha irmã antes de chegar aqui, ué. 
Deve ser o som deste sino, isto e o orfanato afetam minha mente."
Dia desses, enquanto murmurava, Seiya teve recordações de sua infância,
 de sua irmã Seika, e do que lhe ensinara:
- "Bem antes de virmos para o orfanato, Seiya, freqüentávamos uma capela próxima 
da casa onde morávamos com nosso pai e nossa mãe. E você Seiya, ao ouvir,
 gritava "kiiinkoonkaan" e dava voltas, perguntando se poderia 
ouvir o sino lá de cima e tocá-lo."
- "Pfu... Hmm."
Entretanto, como seus pais morreram há muito tempo,
Seiya esquecera a face de seus pais. Somente guardava algumas 
palavras de Seika (e agora está sem sua irmã, da qual não sabe nem o paradeiro...).
- "Seiya, Seiya, irmãozão." - Seiya voltou a si após ouvir a voz de Makoto.
Como os ataques do Santuário, controlado pelo assassino do antigo Mestre, cessaram,
 Seiya buscou um tempo para descansar um pouco e visitar o Orfanato Filho das
Estrelas, onde fora recebido pelo sino da capela logo à frente da entrada principal.
Enquanto avistava o sino do alto do edifício distraidamente,
lembrava-se de uma conversa com sua irmã, 
- "Ahn, ah Makoto?" - Estava à frente de um dos garotos mais alegres e agitados do
 Orfanato. Makoto, puro-riso, puxava e trazia consigo Akira e Tatsuya.
- "Estamos te chamando há um bom tempo e você nem responde, oni-chan. 
Estava pensando de novo na Miho, né? Como sempre..."
- "Mais ou menos."
- "É um par perfeito mesmo, mas mal entrosado." - Akira e Tatsuya entraram na
brincadeira de Makoto emendando "Sim, sim, são namorados!" e tentando imitar os
adultos. - "Eu falei sem pensar, não fale essas asneiras para ninguém. Tome." - 
E presenteia Makoto com um embrulho. 
- "Uau. Miho que bom que o Seiya veio. Ele não aparecia faz um tempão."
Makoto não podia conter sua felicidade, há muito tempo reprimida dentro de si, 
apressando-se em extravasá-la. Um breve sorriso surgiu em Seiya durante o tempo
que passava com Makoto, esquecendo-se completamente de que era um Cavaleiro 
- Seiya de Pégaso - O humor era a característica principal do "oni-chan" Seiya.

Naquele momento, Shun e seu irmão Ikki [*] estavam em uma colina elevada
observando o mar. Era um cemitério, um lugar sagrado onde os mortos dormem profundamente envoltos em uma gama de sentimentos e lembranças. O coração de
Shun saltava de seu peito. Fora do comum, estava repleto de alegria, pois seu irmão
Ikki, que no passado reaparecera como inimigo, erguendo seu punho contra ele,
voltara à vida tal como sua constelação protetora, a Fênix, e agora estava em pé ao
seu lado como um estimado aliado. Contemplavam a lápide recente de sua querida
mãe, e isto era como um sonho para Shun.

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("Antes de meu irmão ser enviado em meu lugar à Ilha da Rainha da Morte e eu à I
lha de Andrômeda nunca havia tido algo como isto.") - A mente de Shun imergiu-se em
 lembranças calorosas quando, repentinamente, uma lágrima escapou de
 seus olhos. E ikki percebeu.
- "Não chore, Shun, se chorar pelo amor de nossa mãe ela não poderá descansar 
profundamente e em paz." - Shun voltou-se rapidamente à seu irmão: - "Não, não é por
isso só estou feliz por estar comigo neste momento, ao meu lado, irmão... E, de agora 
em diante, por um longo tempo, não?"
- "Shun, [lembre-se] um dia eu já levantei o punho contra você." 
-"Irmão."
Ikki, com expressão apática, não tocou mais no assunto.
- "Shun, você não se recorda do rosto da mamãe, não é?"
- "É" [não lembro].
- "Normal, mamãe morreu muito cedo, quando você ainda era um bebê."
- "Você sim se lembra, não mano?"
- "Como ela era?"
- "Parecida contigo."
- "Pff, comigo? Sem essa, ela não se pareceria comigo." - Fato raro,
 um largo sorriso se estampou no rosto de Ikki.
-"Irmão, me desculpe por ter deixado que fosse em meu lugar à Ilha da
Rainha da Morte"
- "É passado."
- "Mas, por minha causa..."
- "Verdadeiramente, essa ilha era um inferno. Um fraco, um qualquer, lá se tornaria 
um cadáver facilmente... Mas, nós, cada um de nós, nos tornamos Cavaleiros,
sofrendo agruras, suportando dores à custo de nosso sangue e levando às costas o
peso de nosso destino... por longos seis anos."
Os olhos de Ikki alcançavam ao longe enquanto parecia tocar o íntimo de
suas memórias. 
- "Se Esmeralda não estivesse ao meu lado, possivelmente eu não poderia ter posto
 os pés novamente no Japão."
- "Esmeralda..."
- "Ahn, era a filha de meu mestre."
- "Nessa ilha infernal, onde tanto o coração de seu povo quanto a terra e tudo ao seu
 redor era corroído pela erosão, ela era para mim como um anjo que os deuses
enviaram do céu. Sim, um anjo, uma garota tão doce que não era possível crer que
era filha do meu mestre, ao ponto de me envolver completamente. Se não fosse por
seu sorriso reconfortante, sem dúvida eu não estaria aqui contigo 
agora." - A face de Esmeralda tomou o pensamento de Ikki.
- "Além disso, prova que fora um ato dos deuses, é que ela era igualzinha à você!"
- "Igual a mim?"
- "Tirando o fato dela ser mulher e a cor de cabelo diferente, 
sim, era totalmente idêntica."
- "Mas, como pode..?"
-"A casa que me abrigou na Ilha da Rainha da Morte era um cômodo subterrâneo,
úmido, fétido e sobre as pedras duras. Em um quarto assim, onde parecia ver
esqueletos por todos os lados, ao dormir sentia-me morrer todos os dias, mas
Esmeralda... ela me animava, me acordava, lembrando-me de que tinha que continuar lutando, conquistar a Armadura de Fênix e regressar ao Japão." - Acabara de falar. 
Shun escutava a respiração profunda de Ikki.
- "Irmão, e o que aconteceu com a Esmeralda?" - A expressão de Ikki se turvou 
totalmente, como se recusasse a prosseguir a conversa. Shun pareceu entender e 
calou-se obediente. Naquele momento um raio brilhou no céu e um trovão 
estrondou levemente ao longe. 
- "Irmão."
- "Hum, parece que vai chover... Mãe, estamos preparados para perder nossas vidas,
 a qualquer momento, por Atena. Assim, não sei quando poderemos 
voltar a vê-la novamente."
- "Mas irmão, assim sendo, quando isto ocorrer novamente 
estaremos juntos de nossa mãe."
- "Pff... Shun, nunca desista de sua vida."
- "Eu sei mano, já não sou aquele Shun chorão, agora sou o Cavaleiro de Andrômeda."
- "Lute até o fim, como um homem."
- "Te prometo em frente de nossa mãe, irmão."
- "Muito bem." - Ikki consentiu com a cabeça.
- "Irmão, olhe, cisnes voam para o sul."
- "Shun, eu não suporto andar em grupo."
Neste momento novamente reverberou um trovão distante. Não comentaram um com o
 outro, mas sentiram um estranho cosmo agressivo por detrás daquele relâmpago.
Desceram então a colina e quando os dois irmãos estavam atravessando o rio, Shun 
notara alguma coisa sobre sua superfície. - "Irmão, são carpas." - De fato no rio ao qual
Shun apontava com o dedo haviam carpas que nadavam tranqüilamente. Ikki dera
razão a Shun e prosseguiu: - "Shun, eu não gosto de andar em grupo."
-"É..."- Quando Shun virou-se para trás, Ikki já havia desaparecido. -"Irmão... Irmão!"-
A voz de Shun a clamar por seu irmão foi sublimada abruptamente pelo retorno 
de um novo raio e do som das gotas de chuva que começavam a cair com força,
 perfurando a superfície do rio como uma metralhadora. O cardume de carpas 
desaparecera rapidamente, tal como Ikki. O único que sobrava ali era Shun em meio a tempestade, com seu coração congelado, e com sua [camiseta] T-Shirt encharcada.
Quando Shun voltou completamente ensopado à Mansão Kido, por azar Tatsumi estava
junto a Saori e uns visitantes no saguão de entrada. Em um escuro canto escondido 
ouviu a voz rude de Tatsumi a repreendê-lo de modo 100% baixo e vulgar.
- "Shun, que te passa para chegar assim frente a nossos convidados? 
Pela porta dos fundos, bastava dar a volta e entrar pelos fundos!" - Shun, que 
imediatamente postou-se em reverência aos visitantes, já se dirigia à porta dos
fundos quando fora chamado amavelmente por Saori.
- "Não importa, Shun, suba e se aqueça imediatamente, sim?"
- "Senhorita Saori."
- "Senhorita Saori, não deve fazer isso, se for sempre tão condescendente com estes
 moleques eles vão ficar mal-acostumados, um péssimo hábito."
Saori, como sempre, ignorou Tatsumi.
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Saori somente queria que Shun se prevenisse. 
- "Claro que um Cavaleiro não se resfriaria tão facilmente, todavia é bom se cuidar."
- "Obrigado, senhorita Saori."
- "Tatsumi, eu acompanho nossos convidados à saída e você leve Shun ao
banheiro, sim?"
- "Como, eu?"
 "Sim, sim, você. É uma ordem minha, ou não é?"
- "Não, claro. Shun, venha aqui."
- "Tatsumi, Shun está ensopado até a ponta dos pés, como é que ele pode subir assim?
 Carregue-o você mesmo até lá em cima."
- "heein? Carregar?"
- "Isso mesmo."
Tatsumi tenta esconder sua cara feia ardendo de raiva, parecendo mesmo até sair
 fumaça de sua cabeça, a qual havia abaixado docilmente em respeito.
- "Tatsumi..."
Era insuportável para ele ser repreendido por Saori. 
Mesmo amargurado, encurvou-se e pediu desculpas. - "Rápido Shun, suba."
-"Está bom assim?"
Shun montara nas costas de Tatsumi sem pudor ou agradecimento, seja com gestos 
ou palavras. Tatsumi então lhe dirigira poucas palavras em confidência. 
- "Shun, esqueceu-se que o ser humano possui um dom dado por deus, um dom
chamado recato? Pois então, é bom pensar bem nisto."
Enquanto "Tatsu" ia discursando, debatendo com Shun, adentraram em um corredor. 
E como Saori estava ausente, não se dera conta do desaparecimento de Ikki. 
(Ahn e o... que... o que Ikki estará fazendo?) Lá fora, de súbito, uma preocupação 
tomou conta do coração de Saori.
Shun também, e novamente, pensava sobre o paradeiro de Ikki 
enquanto se aquecia embaixo da ducha.
(Irmão, como eu poderia deixar uma tempestade separar nosso destino, um mesmo
 pulso de vida... Não importa o quanto sejamos golpeados e as dificuldades 
que passamos, nossos laços são como uma forte corrente nebulosa, irmão.)
Embora Shun seja considerado muito parecido com uma mulher, diferentemente
do Cavaleiro de Bronze Seiya, cujo corpo bruto e descuidado fora esculpido pelos
treinos na Grécia, a informação de que seu rosto era idêntico à sua mãe também
explicaria então a suavidade de sua pele, tocada carinhosamente pela água quente do chuveiro. 
(Meu irmão sempre acreditou nisto, de todo modo.)
Um relâmpago reluziu pelo banheiro ao cair da noite revelando 
o corpo liso e sem máculas de Shun. 
Enquanto se aquecia com a água que caía do chuveiro pelo corpo inteiro, crescia gradualmente em si uma sensação de frio ardente ao lembrar-se
 da ressurreição de seu irmão. 
(Irmão, você que teve que suportar a dor de seu irmão, voltou a viver e ainda foi
capaz de tirar da memória tudo pelo que passou.)
Ao ouvir Saori te chamando à fora, Shun não pode esperar e encerrou seu banho
 vestindo um roupão. 
- "Ikki estava com você, ou não, Shun?"
Subitamente Shun corou de vergonha e correu à porta, lá começou a 
explicar friamente o que acontecera. 
- "Meu irmão ainda parece ressentir-se por ter lutado contra nós uma vez. Então
sempre parece frio conosco, resistente a lutar ao nosso lado, ajudando um ao outro..."
- "Ele é assim desde criança, aliás era em dobro. 
É um sujeito que não gosta de ser ajudado."
Tatsumi apareceu murmurando que o odiava. 
- "Tatsumi!" - Saori o repreendeu. 
-"Sim, ma... mas, senhorita."
- "Ikki é um amigo de confiança. O Cavaleiro de Fênix ajudou-nos o necessário para 
removermos o mal que dominava completamente o Santuário." - Dizendo isto, distinta
e enfaticamente, Saori demonstrou toda sua confiança em Ikki. E um belo sorriso
voltou à face de Shun.
- "Seiya, Hyoga e Shiryu já deixaram a mansão?"
- "Sim, Shiryu partiu aos Cinco Picos Antigos e Hyoga voltou para a Sibéria."
- "Mesmo?... E Seiya foi para o Orfanato Filho das Estrelas?"
- "É. Esperamos que ele entre em contato hoje à noite."
Shun mostrou então uma expressão abatida. 
- "Todos possuem uma casa para onde ir... e eu os invejo por isso."
- "Shun, há um lugar para você ir, uma casa..."
- "Ehn?"
- "Esta casa onde você está agora também é sua. Aceite o convite e não desconfie
de más intenções. Não pense que é uma armadilha pois eu não mordo. Esta é
praticamente a casa onde nascemos, mas todo modo, a decisão é sua."
- "Sa... Senhorita Saori."

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Um brilho retomou novamente o rosto de Shun. A visão de Saori 
refletiva fortemente em seus olhos. 
- "Tsc. Agora parece uma pessoa feliz." Tatsumi continuava a murmurar. A noite, Shun deitou-se cedo à cama embora não conseguisse dormir profundamente. 
(Neste momento meu irmão pode estar em qualquer lugar. Será que dorme em uma
cama boa e limpa? Desde que seu destino fora trocado por eu não ir para a Ilha da
Rainha da Morte, o paradeiro de meu irmão é constantemente desconhecido. 
Se tudo pudesse ser apagado... Irmão, desculpe.)
O rosto de Ikki nublou-se, desaparecendo das lembranças de sua mente. Sem mais 
suportar saltou de sua cama e abriu uma janela. Uma estrela tomava conta do céu.
- "Ahn... Uma estrela tão brilhante assim em plena Tóquio? Certamente meu irmão 
também poder ver esta estrela... Estaremos juntos algum dia, observando esta 
Estrela de Andrômeda subir ao céu lentamente. Espero ansiosamente por isto."
Sua expressão mudara drasticamente. - "Este cosmo ofensivo que sinto..."
Sob a luz das estrelas, lançou seu corpo pela janela, saindo depressa, mantendo 
os olhos no amplo horizonte. Todos os seus nervos estavam atentos. 
- "Como Seiya não está aqui, preciso defender a jovem Saori. É o dever daquele
 que leva o nome de Cavaleiro de Andrômeda... Lá está!"
Reconhecera o belo planetário erguido por Mitsumasa, prendendo-se à cúpula o
sobre-pôs Veloz, o corpo de Shun corria sobre o Planetário, mais além uma janela
estava próxima. Então, cessando a respiração, confirmou suas suspeitas. Sobre o
Planetário avistara uma imagem, e então a reconheceu. Uma gota de suor escorreu
por sua testa. 
- "Quê? Como... A Armadura de Fênix! Mas não... Não é possível."
(Ele emana um cosmo de pura maldade... Desagradável, um microcosmo de 
profundo ódio. Demais para um irmão que...)
Shun não acreditava. De todo modo, em prol da proteção de sua deusa, arriscaria sua 
vida a qualquer momento. E esta era a hora. O próprio Ikki o havia dito tais palavras, 
e então seu cosmo torpe inflamou completamente. 
- "Por favor, pare com isto irmão, não brinque."
Nada. A figura no telhado está calada, nada fala. 
- "Se você não vai dizer nada, o que quer que eu faça?"
O cosmo oponente o empurra de corpo inteiro como se o desafiasse, ao passo que Shun também avança. Gradualmente a respiração de Shun se alterava, sem que tomasse
conta disto. Fênix do telhado estendeu a mão direita. E abruptamente, vindos do nada, quatro sombras se juntaram ao redor de Fênix em seu auxílio. 
-"Idiota...Não se espante, esta não é a sua Armadura de Andrômeda. Nem as
Armaduras da Constelação de Pégaso, Dragão e Cisne... Nem pense se isso é possível
ou não, nós somos os Cavaleiros Negros!"
Por último, o Fênix Negro se pronunciou: 
- "Ahahahaha... Shun, você parece ter se dado conta afinal. Não sou seu irmão,
 Ikki de Fênix, que recentemente reunira Armaduras Negras a seu comando."
- "Fênix Negro..."
Shun, quieto, limpou com a mão o suor que escorria de seu rosto. 
- "Ikki, aquele que falhou em morrer na Ilha da Rainha da Morte. Que naquele tempo 
trouxe ao mundo a tensão, tentando conquistá-lo. 
É, Ikki pode estar agora em qualquer lugar."
- "Entretanto, o lamentável é que meu irmão não esta aqui..."
- "Como?"
- "Separamo-nos hoje durante a tempestade."
- "Uhum. Ele certamente era uma boa pessoa, eu sei. Somente foi a vítima que
 deu seu sangue por ti, em teu lugar."
O Fênix Negro fez um sinal novamente, elevando a mão direita. 
As quatro figuras de cabelos esvoazantes saltaram ao céu, 
descendo e cercando Shun abruptamente. 
Shun não tem em seu alcance a Armadura de Andrômeda para vestir. Embora a famosa Corrente de Andrômeda construa facilmente uma teia de defesa intransponível, tão
forte que nem uma formiga poderia atravessar, sem sua vestimenta completa 
Shun estava em uma posição crítica. 
("Irmão, vamos para a sauna.")
("Shun, Eu não gosto de andar em grupo.")
Subitamente a corrente negra do Andrômeda das Trevas vôou sibilante como um
rugido. Shun avidamente pulou ao alto, escapando da teia enfeitiçada da corrente
negra. Então, Andrômeda Negro, corajosamente e com um sorriso malicioso no
rosto, disse: 
- "Se conforme Shun, pois afinal de contas, você irá enfrentar o Dragão Negro, o Cisne Negro, o Pégaso Negro, e claro, a mim, o Andrômeda Negro."
Dragão Negro, concordando com tudo, acenou abaixando a cabeça. Assim 
Andrômeda Negro parte para a perseguição à um Shun mantendo uma distância de 
fogo (luta), tagarelando e gritando com natural arrogância: 
- "Pegue sua Armadura, Shun, ai veremos em um duelo se sua corrente será vitoriosa,
ou se a corrente negra deste Andrômeda Negro será a vencedora."
- "Eu te espero."
Distintamente Shun aceitara a oferta, podendo vestir seu corpo com a 
Armadura de Andrômeda. 
Logo, sua corrente respondeu com um "jara-jara", pondo-se imediatamente 
em posição de defesa. 
Quando mutuamente queimaram seus cosmos, Andrômeda Negro começou o 
confronto com Shun de Andrômeda. 
Pulando ao alto, sob o brilho da lua crescente, escondeu-se e lançou abaixo uma 
rajada de vento forte e negra. 
Como se energizando sob o luar, por entre as nuvens duas correntes descarregaram um "kira-kira" e um brilho. A corrente de Shun também já se postara sob a forma de 
Nebulosa de Andrômeda. 
- "Só isso?"
Uma corrente do Andrômeda Negro voou rugindo. E outra corrente de 
Shun voou rapidamente em resposta. 
As duas correntes colidiram entre ambos tal como cobras enroladas como foices e 
distintas entre o certo e o errado, voando e reluzindo mutuamente,
perfeitamente iguais 
- "Pff... Este brilho que ostento é a verdadeira Corrente de Andrômeda, Shun. 
E te provarei isto de qualquer maneira."
Logo.
- "Corrente Nebulosa Negra!"
- "Uwaaah."
Um vago brilho tomou a Nebulosa de Andrômeda. Chocou-se como uma cobra impiedosamente contra a defesa de Shun, atravessando-a rosnando e emaranhando-se 
com seu corpo, realizando com sucesso a manobra. 
- "Arghh."
Deste jeito, sem ter como partir à batalha, a nobre face de Shun revela-se
com fortes dores. 
- "Uuuurgh."
Não podendo mover um pé, nem uma mão, as cobras se firmam enroladas por 
todo o corpo de Shun. 
- "Uuuurgh."
- "Pfuuu... Que absurdo, é disto que é feito o único irmão de Ikki, aquele que cortara
as roupas do Mestre Arles?"

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- "Que?"
- "Você é um covarde, irmão de outro covarde, afinal de contas então, todos covardes."
- "Ur...gh. Não, não vou deixar de jeito nenhum ouvir você difamar o meu irmão."
Shun inflamou-se de raiva e então ascendeu o fogo de seu microcosmo. 
- "Uu...gh. O meu irmão... é um orgulho para mim!"
O cosmo de Shun elevou-se totalmente. 
- "Mas como?"
Ao ver a centelha cósmica de Shun se expandir pelo corpo inteiro, Andrômeda Negro
 atira extensas correntes-cobras para chocar-se com ele. 
Todavia, as cobras largaram o corpo quando irrompeu, no exato momento,
 sua corrente defensiva. 
- "Seu miserável!"
O Andrômeda Negro agora queria muito vingar-se por isso. Em sua testa escorreu um
fio de suor. Dois escorreram de Shun, que não os viu fluir e cair.
- "Eu sou o Andrômeda Negro e mostrarei para você o verdadeiro poder da minha 
Corrente Negra e isto será a sua derrota. Não devia ter provocado a minha ira."
- "Com ou sem, não tenho medo de sua Corrente Negra."
E atirou então sua Corrente Negra, a qual fora seguida imediatamente por Shun.
- "Corrente Nebulosa!" - E a corrente nebulosa de Shun fora descarregada. Ela invadiu
 e se apoderou do Andrômeda Negro, sua vida agora estava presa nestas correntes.
- "Urghhh."
Andrômeda Negro fora completamente abatido e lançado ao alto pela Corrente
Nebulosa, enquanto seu cosmo desaparecia deixando somente o rastro de seu grito.
Tendo vencido sozinho o primeiro, Shun não teve tempo para descansar.
Imediatamente, Pégaso Negro, Dragão Negro e Cisne Negro, combinados tentam
intimidar Shun se aproximando para o combate.
(Irmão, eu lutarei como um homem, até o fim.)
Então Pégaso Negro o atacou com seu Meteóro Negro, seguido da Tempestade Negra do Cisne Negro, e por último sobreveio o ataque Dragão Negro Supremo do Dragão Negro. 
Em desvantagem numérica, a Corrente Nebulosa voava verticalmente e 
horizontalmente para evitar que Shun caísse no linchamento sem proteção alguma, 
pois estava desesperadamente em perigo. 
O Fênix Negro já se declarava triunfante. 
- "Shun, você foi derrotado. Entretanto, eu te mandarei para o inferno,
é bom obedecer."
- "Você é capaz de suportar todos estes danos? Afinal, você é o único irmão de 
Ikki de Fênix."
imediatamente Shun é golpeado em seu corpo ferido. Ele não era páreo 
para seus inimigos agora. 
- "Ugh...Arghh...Gurrrh."
O Pégaso Negro socava tão pesadamente que parecia golpear um saco de areia.
As mãos de Shun estavam livres. Uma tentava agarrar seu oponente enquanto a outra
atingia o ar -"Pégaso Negro, vamos, ataque logo com o Meteóro Negro, é uma ordem
do Fênix Negro"
Naquele momento algo semelhante a uma folha alada cortara o ar, as mãos, roupas
 e a bochecha do Pégaso Negro. 
- "O quê, mas quem?"
Pégaso Negro gritara.O céu estava coberto por uma nuvem negra e a voz de 
Ikki de Fênix ressoou dentro daquela escuridão, que a deixara com somente um passo. 
- "Depois de vingar os golpes que deram em meu irmão irei rir destas suas Armaduras Negras."
Ikki, usando sua galante Armadura de Fênix, surge rasgando a escuridão. 
- "Ir... Irmão, Você está aqui, ao fim de tudo."
- "Shun, você está bem?"
Fênix Negro então gritou alto de cima do telhado.
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- "Veja se não é o traidor Ikki, sabia que estava esperando você aparecer? Eu venho
em nome do Mestre Arles. Agimos silenciosamente sob suas ordens em 
vários pontos do mundo."
Ikki observou bem o Fênix Negro.
- "Eu o conheço bem, você não é o Ritahoa?"
Em um zaz a fisionomia do Fênix Negro mudara. Enquanto averiguava o 
rosto surpreso do Pégaso Negro, Ikki avançou e disse:
- "E você não é Kenuma? E você Jid? E não é você, Shinadekuro?"
Pégaso Negro que foi reconhecido por seu nome parecia envergonhado e virou o rosto.
- "Pff... Quando eu havia reunido as Armaduras Negras, Ritahoa, você ainda era um fracassado da Ilha da Rainha da Morte. Este então é o Fênix Negro... 
Dez milhões de vezes cômico isso. Eu tinha uma vida lamentável antes de partir."
- "Mas também não seria derrotado pelo Fênix Negro."
- "Ikki, Se pensa que somos os mesmos de antigamente está cometendo um grande
engano. Você se tornou um Cavaleiro de Bronze tendo recebido treinamentos especiais 
sob a tutela do Santuário da Grécia, mas ainda assim traiu aquele que lhe intitulara 
Cavaleiro, o Mestre Arles."
- "Então é isso, o que quer?"
- "Se eu vencer você, treinado na Ilha da Rainha da Morte como eu, poderei me tornar 
um Cavaleiro. Esta é a primeira e última chance a mim dada e vou agarrá-la 
sem sombra de dúvida."
Deu ordens então ao Pégaso Negro. Mas, no mundo, não há pessoa que consiga vencer
um Cavaleiro que já tenha visto seu ponto fraco. E tanto o Pégaso Negro, que se
chamava Kenuma, quanto o Cisne Negro, chamado Jid, e o Dragão Negro, Shinadekuro,
Ikki os conhecia muito bem.
- "Ave de Fênix!"
Com sua áspera técnica Ikki atacou e sem piedade lançou ao longe os três, que assim morreram. Somente restara uma pessoa, o Fênix Negro, Ritahoa.
Agora eram dois Fênix em confronto.
- "Ritahoa, sua existência e de sua Armadura Negra são minhas imagens opostas. Sol e sombras afinal das contas. Você é como uma sombra frente ao Sol. Mas, 
lamentavelmente, uma sombra varia de acordo com mudança do Sol, ao contrário
 do Céu e da Terra, sempre impassíveis."
- "Se qualquer coisa que saísse de sua boca fosse bom não teria esperado tanto tempo
assim para este encontro. Vamos Ikki. Deixe isto de Sol e Sombra para lá. 
Entenda isto imediatamente. Kieei."
Junto com o forte brado de seu "Kiai", Fênix Negro atacara Ikki com seus 
punhos [Kouken]. A velocidade de seus socos não era em nada inferior ao Meteoro de Pégaso.
 Ikki, entusiasmado com isto, os evitava.
(A qualquer momento, a qualquer momento posso ser atingido em uma brecha se ele melhorar sua técnica. Serei ferido se eu o menosprezar, seguramente.)
- "Morraaaa, Ikki!"
Fênix Negro desferira uma seqüência (hit) de socos.
- "Uaaah."
Sem resistir ao choque Ikki é lançado pelo ataque ao longe, colidindo violentamente 
com uma árvore de centenas de anos.
Alguma coisa caiu do pescoço de Ikki, que não se deu conta disto, e cintilou no chão.
Recebido um belo ferimento Ikki se levantava. Como era previsto, com um leve
assobio e com um rosto corado, Fênix Negro cantava vitória, esperando ansioso
por isto.
- "Ikki, de qualquer maneira, este não é o mesmo Ritahoa de antigamente. 
Agora o Mestre [Arles] terá que me admitir."
- "É certo que você conseguiu ferir meu braço. Contudo, você ainda está a 
cem anos de distância do meu poder."
Fênix Negro então avançou e desferiu novamente sua técnica. 
- "Vamos ver se meu golpe funciona pela segunda vez então?"
Habilmente se esquivando, Ikki desviara do veloz punho do Fênix Negro ao 
passo que no sentido oposto também descarregou um soco.
- "Uwaaah."
Seu ataque o lançou justamente naquela árvore onde havia tombado uma vez. 
Contudo, rapidamente seu oponente já estava de pé. 
Naquele momento Ikki avistou um objeto brilhante abaixo dos pés do Fênix Negro.
- "Ahn?"
Quando o Fênix Negro se pôs a andar , "gatsuh", um som foi ouvido e novo brilho
cintilou naquele objeto. A face de Ikki mudou abruptamente. 
- "Não toque isto com os seus pés imundos... Mas veja, veja muito bem minha ilusão demoníaca."
- Espirito Diabolico de Fênix !
A ilusão demoníaca atingiu o Fênix Negro como um parafuso na altura do 
encontro de suas sobrancelhas.
- "Uwaaah."
Fênix Negro imergiu-se na ilusão de seu ego. Pela regência da Ilha da Rainha da Morte
ele resistiu a Ikki visando promoção pessoal por meio de grande número de
assassinatos, os quais foram noticiados acima e abaixo. E assim foi ele próprio
devastando seu espírito, guerreando em uma mente vaga - que agora nem podia
mais ser considerada mente. 
Ikki estendera a mão para pegar aquele artefato caído.
- "Irmão."
Shun correu uns dez passos até Ikki, que lhe apresentou então aquele objeto. Era uma pequena cruz. 
- "Na intenção de partir e te deixar quase me esqueço disto."
- "Isso é..."
- "Só uma recordação de nossa mãe."
- "Da... da mamãe."
Nossa mãe usava isso em seu corpo até o momento de sua morte. Antes de nos deixar,
em seu último suspiro, ela pediu que nos ajudássemos uns aos outros, 
para nos mantermos firmemente
 vivos, sempre juntos.
Shun recebeu a cruz de sua querida mãe que não conhecera em sua palma da mão,
 e espontaneamente a acariciara. 
Então uma lágrima caiu de seu rosto sobre a cruz.
- "Irmão, vamos ficar juntos de agora em diante também."
- "Shun, a cruz da mamãe é nossa. Eu sempre estarei junto de ti. Nós sempre
 lutaremos juntos."
- "Mas..."
- "Nós viremos nos ajudar sempre que preciso."
- "Irmão, mas..."
- "Shun, gostaria de me fazer repetir tudo aquilo novamente?"
- "Eh..."
- "Não suporto grupos."
Somente disse isto e o deixou, retornando Ikki a desaparecer por dentro 
da escuridão noturna.

FIM
Autor: Takau Koyama     
Ilustrações de Nobuyoshi Sasakado     

| 6 comentários |

  1. Adoro o site de vocês!! Muito bom mesmo! Descobri um universo totalmente novo de Cavaleiros aqui!!
    Continuem com esse trabalho super incrível de vocês! É muito importante para nós fãs!
    PS: gostaria de saber de vocês se poderiam disponibilizar as histórias laterais para download em word ou qualquer outro programa??
    Desde já agradeço!!

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  2. obrigado pelo elogio, isso que nos faz continuar com o site ^^

    ja postado para download

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  3. Por favor, vcs poderiam postar a história lateral do Shun e do Ikki novamente? Eu agradeceria muito! A propósito, parabéns pelo blog, eu acompanho a muito tempo! abraço

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  4. vem aqui,a maioria das partes você inventou não foi [PERGUNTA]

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